Crúzios
O doce intelectualmente valioso
O “Crúzio” é um doce com raízes
monásticas, confeccionado com base numa receita antiga,
usada quando o Café Santa Cruz era simultaneamente
Café e Restaurante, utilizando os ingredientes tradicionais:
farinha, manteiga, creme de ovo e amêndoa laminada
polvilhada com açúcar.
À semelhança da tradição –
que se faz de sucessivas inovações ao longo
de sucessivos anos – também a gastronomia se
faz diferente em cada geração, com inovações,
com novas técnicas e novos ingredientes.
Os "Crúzios", apresentados no dia 5 de
Março de 2012, são embalados numa caixa com
ilustração inspirada num dos vitrais, que
são um dos seus traços identificativos, e
que retratam a espiritualidade do Café Santa Cruz.
Inclui ainda um texto (abaixo descrito) que também
pretende contar um pouco da história de Coimbra e
de Portugal.
"Os Cónegos Regrantes que habitavam
em Santa Cruz eram denominados por 'Crúzios'. Esta
designação era extensiva a todos os que viviam
à sombra do Mosteiro e que, embora residindo fora,
estavam agregados à instituição. D.
Afonso Henriques era também Crúzio, dado que
foi um dos fundadores, tendo 'professado' como elemento
da Ordem Terceira de Santa Cruz.
O painel de azulejos (aqui retratado) está situado
no lado esquerdo da Capela-Mor da Igreja de Santa Cruz e
mostra-nos D. Afonso Henriques a ser admitido à Ordem,
com o Prior a impor-lhe o hábito."